17/06/10

Gazeta d'Avis, nº 1


Uma Cidade, um Jornal


Este é o primeiro número de um jornal cujo objectivo é oferecer um serviço de informação púbica a todos os habitantes da cidade de Avis. Vivemos em tempos conturbados e muitos de nós, abstraídos na nossa vida pessoal, ocupados em tratar do nosso campo ou a trabalhar no pomar, pouca consciência temos do mundo que nos rodeia. Pretendemos com este jornal colocar ao dispor de cada avisenses dados para que possa viver a sua vida fazendo escolhas informadas. Somos um jornal feito pelos avisenses, para os avisenses. A nossa Cidade é o valor que nos norteia. Viva Avis!


O Editor, Joszef de Sousa Coutinho


Entrevista Exclusiva com o Prefeito


Para este primeiro número da Gazeta d’Avis pensamos que seria útil a todos os avisenses conhecer o perfil e a actividade desenvolvida pelo Prefeito John de Sousa Coutinho. Com este fim publicamos em seguida uma longa entrevista na qual procuramos que fossem esclarecidas as principais dúvidas sentidas pelos nossos concidadãos. Tentaremos igualmente que a publicação de uma entrevista seja uma constante nas nossas edições, sendo que no próximo número entrevistaremos os candidatos às próximas eleições para a Prefeitura.

1- Encontra-se no seu segundo mandato, que balanço faz da evolução da cidade desde que se encontra à frente da Casa do Povo de Avis?

A acção por mim desenvolvida iniciou-se mesmo antes de me tornar prefeito, nomeadamente no mandato da minha antecessora, onde desempenhei funções de Mentor, entre outras. Avis desde dessa altura tem trilhado um longo e por vezes difícil caminho, mas penso que os bons resultados se estão a começar a denotar. Já não existe uma tão forte carência de carne e o excesso de trigo tem sido bastante matizado no mercado, podendo os produtores lucrar novamente com este cultivo. Conseguimos a criação do Grupo Frutícola, infelizmente apesar do grande esforço dos seus membros, com alguns avanços e recuos. Criamos novos meios de comunicação entre o Prefeito e a População como o Gabinete de Queixas e Sugestões e este mesmo Jornal. E esforçamo-nos por desenvolver a justiça económica com o estabelecimento do cargo de Fiscal do Mercado e Emprego. A situação económica não é obviamente perfeita, mas penso ter melhorado bastante, não nos podendo esquecer também dos graves problemas financeiros enfrentados pelo Condado que nos influenciam bastante e prejudicam. Existindo ainda alguns problemas que não podem ser resolvidos pela Casa do Povo, como a escassez de população de Avis, apesar do esforço desenvolvido para algumas pessoas se mudarem para esta nossa adorada povoação. Temos também alguma falta de nobre, decorrente da falta de habitantes. Mas estes são problemas sem grande solução directa que possa ser estabelecida pela Casa do Povo. Avis neste âmbito sofreu bastante com a guerra do Crato, tendo grande parte dos antigos habitantes da cidade, naquele momento mais necessários do que nunca, partido, desiludidos com determinadas situações. Ficaram vários mais jovens, mas com muita vontade de ajudar Avis com todo o seu esforço e dedicação. Em conclusão a situação não é perfeita nem nada que se pareça, mas continuaremos a lutar sempre por Avis e para esta ser uma melhor cidade com melhores habitantes.

2-O seu segundo mandato começou logo após uma das situações mais difíceis vividas por esta povoação nos últimos tempos. De que forma lidou com a tomada da Casa do Povo por forças rebeldes e com a reconstrução necessária após a recuperação?

A forma como lidei com essa ocorrência foi calmamente e ponderadamente mas de forma activa. Tendo informado de imediato e população e os órgãos do Conselho do Condado sobre este facto e tentando retomar o controlo da Casa do Povo o mais rapidamente possível para matizar qualquer dano perpetrado pelos bandidos. Tentei fazer sempre as coisas da forma que me pareceram mais correctas e menos prejudiciais possíveis à nossa Avis.

3-A última cobrança de impostos, com valores mais elevados do que o normal, tem vindo a ser contestada, como responde às criticas que lhe tem vindo a ser dirigidas?

Não entendo bem esta pergunta, essa contestação, se assim se pode chamar assim, partiu somente de uma pessoa, com quem já tivemos problemas anteriores. No entanto esta cobrança de impostos encontra-se devidamente autorizada pelo Conselho do Condado e não infringe qualquer lei, pois tratam-se de impostos Condais e não Municipais, além de serem dois impostos num único. Desta forma tentei dar tempo aos habitantes de Avis para recuperarem da retomada da Casa do Povo ao mesmo tempo que fui poupando na contratação de funcionários públicos para a produção de pontos de finanças. Vivemos tempos difíceis e é importante poupar no que se poder e não prejudique ninguém. Pareceu-me ser esta a melhor forma de tratar da questão uma vez que estes impostos teriam de ser pagos de qualquer maneira, por isso pareceu-me a solução mais acertada.

4- Avis é uma povoação onde a carne, o peixe e outros bens fundamentais são bastante caros, quando se encontram disponíveis, em comparação com outras vilas e cidades do condado. O que pensa fazer para lidar com este problema?

O problema da carne é geral a todo o Condado, devido à escassez de animais da qual a Casa do Povo de Avis não é responsável, tendo nós também mais dificuldades por não nos encontrarmos numa situação privilegiada como Santarém, bastante próxima de Alcobaça onde nunca escasseou a carne. Peixe tem havido sempre na taverna da Casa do Povo a um preço acessível para todos, não nos podendo esquecer que vivemos em Avis, cidade sem lago, sendo necessário comprar ou mandar alguém pescar a uma povoação com lago sempre que queremos peixe. No entanto na taverna da Casa do Povo tem havido sempre ou carne ou peixe a preços acessíveis. No mercado é sempre mais complicado, não nos podendo esquecer que, se a Casa do Povo pusesse a carne ou o peixe directamente no mercado em vez da taverna, estes podiam ser comprados na sua totalidade por alguém de fora de Avis e levados daqui para fora, não beneficiando a população local.

5-Quais são as suas ideias acerca da criação da Ordem de Avis?

A Ordem de Avis pode ser uma excelente ideia, se bem executada e se mantida no âmbito dos meios oficiais de legalização deste tipo de organização. Certamente uma Ordem de Avis em crescimento, pela novidade, e um Exército Real Português em consolidação, com os seus novos estatutos, só beneficiarão Avis e os seus habitantes.

6-Deseja deixar uma última mensagem aos avisenses?

A todos os habitantes de Avis agradeço a sua confiança em mim e espero continuar a merecê-la. Garanto que continuarei a lutar pelo melhor para Avis. Espero também que se continuem a empenhar, ainda mais do que já têm feito, para fazermos de Avis uma grande cidade ao nível do nosso amor por ela. Sempre por uma Avis melhor!


Entrevista conduzida por Joszef de Sousa Coutinho


Grande Reportagem: Regimento de Avis em Análise


O Regimento de Avis do Exército Real Português garante a segurança de todos os Avisenses. Muitos de nós contribuímos directamente para este importante papel, enquanto membros activos do E.R.P. Mas quantos entre nós podem dizer que conhecem esta instituição a fundo? Quantos têm consciência do esforço de organização necessário para garantir a defesa de uma Cidade, de um Condado e de um Reino?

Esta reportagem exclusiva, que abre o primeiro número da Gazeta d’Avis, procura trazer um pouco de luz às actividades, à organização e à missão desta que é uma das mais importantes e consagradas instituições do nosso Reino.

O Regimento do E.R.P. de Avis, que conta segundo os dados mais recentes com a participação activa de 22 militares, tem uma história tão longa como a da própria Cidade. Presente desde os alvores da colonização do condado, o Regimento de Avis foi fundado no âmbito de um grande entusiasmo e esperança de criação de uma vida melhor em novas terras. Desde essa altura sempre tem cumprido o seu dever de defesa da Cidade e da sua população. De facto, nas palavras da Comandante Regional Dama Ana Catarina de Monforte, “o Regimento de Avis é o contingente mais numeroso e dos mais organizados do ERP em Lisboa.” Apesar de não ter uma posição chave no controlo das fronteiras do Condado, garantir a segurança de Avis tem significado igualmente manter a segurança do acesso à madeira do Crato, missão que tem sido cumprida com distinção pelos militares avisenses.

Exemplo maior da prontidão do Regimento de Avis foi o seu desempenho durante a Guerra do Crato, período em que Avis esteve na linha da frente do combate aos revoltosos do Exército Capitalista Selvagem. Mais recentemente foi o assalto à Casa do Povo, protagonizado por um grupo liderado pelo afamado Omad, que representou uma verdadeira “prova de fogo” para o Regimento de Avis. São estas as palavras da Comandante Local, Dama Kiarinha Martins de Almeida e Miranda, que elogia a “capacidade de organização e o empenho em honrar a instituição” demonstrado por todos os militares de Avis que prontamente se dispuseram a combater para recuperar o controlo da sua Cidade.

Os assaltos deste género, que põe em causa as autoridades locais passando as Casas do Povo a ser controladas por grupos organizados de bandoleiros, são aliás referenciados pela Dama Ana Catarina de Monforte como a maior ameaça à segurança do Condado de Lisboa. É contra este tipo de ameaça que o Regimento de Avis mantêm uma vigilância apertada, organizando grupos de defesa diários e garantindo uma frequente comunicação com as autoridades regionais do Exército, de forma a obter reforços em casa de ameaças concretas a segurança dos avisenses. Esta comunicação e entreajuda entre autoridades locais e regionais é aliás referida por ambas as Comandantes, que não se cansam de elogiar a camaradagem de que depende o espírito militar.
No entanto nem tudo é perfeito no mundo dos militares avisenses. São ainda muitos os desafios com que tem que lidar Dama Kiarinha Martins de Almeida e Miranda que assume ser esta uma fase de reorganização procurando, num esforço sustentado e construído sobre o trabalho dos seus antecessores, dar “um novo impulso” ao Regimento de Avis, após uma fase de declínio causada pelo pós-guerra do Crato e pelo surto de actividade da Inquisição.

Continuam no entanto por suprir algumas dificuldades, conforme reconhece a Comandante Local, causadas em parte pelo reduzido número de habitantes e, consequentemente, de militares prontos a defendê-la. Igualmente complicado é gerir as defesas diárias, sendo que cada militar tem igualmente uma vida própria que o pode por vezes obrigar a deslocações para fora da cidade. Tem sido neste âmbito que a Comandante Kiarinha Martins de Almeida e Miranda tem orientado os seus esforços afirmando que, apesar de ser uma missão espinhosa e por vezes desesperante, se sente “muito orgulhosa em ser comandante local do ERP”, saudando os esforços dos seus companheiros de armas.

Joszef de Sousa Coutinho

5 comentários:

  1. Só para saber... Quem é a equipe? Quem é/são os jornalistas? Esse também é supervisionado a ferro e fogo pelo prefeito?

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  2. Bem, a resposta às tuas perguntas pode ser encontrada no fórum de Avis, onde se encontram publicados os Estatutos do Jornal.
    Claro que é uma pergunta legitima, até porque o Director é o Prefeito, mas o nosso objectivo não é fazer políticas mas sim jornalismo. Assim todos terão voz neste jornal, desde que de uma forma idónea.
    Quanto aos jornalistas, somos todos nós! Qualquer habitante de Avis pode propor notícias para que o Editor as trabalhe e publique, após terem sido aceites pelo Conselho Editorial. Este Conselho procura apenas que se publiquem notícias isentas e está longe de constituir uma censura.
    Para sermos mais claros naquilo que fazemos as notícias propostas pelos habitantes serão assinadas com o nome de quem as propôs, sendo que as que não estão assinadas são da autoria do Editor.

    Com os melhores cumprimentos,
    O Editor

    Joszef de Sousa Coutinho

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  3. Parabéns pela primeira edição, está muito completa e interessante ;)

    Ana.cat

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  4. Jalti, desculpa mas nunca mais respondi. Estás interessado em fazer parceria entre os nossos jornais?

    Joszef de Sousa Coutinho

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